Uma das medidas estudadas é a colocação de vidros, principalmente atrás dos gols, para evitar o contato de torcedores com jogadores e profissionais de imprensa, além de ser uma medida de segurança para evitar invasões.
— Estamos vendo que, a questão do vidro, não teremos como sair dessa situação. Esse estádio foi pensado na proximidade do público, mas não vai funcionar, a gente precisa realmente pensar nos vidros. Precisamos pensar no sistema de catracas mais robustas. Acho que muitas coisas precisam ser pensadas para a nossa realidade.
Em um primeiro momento, a ideia do clube não era colocar essa divisória. Com os episódios de domingo, Muzzi vê como um caminho inevitável. O Athletico-PR foi um dos pioneiros — em Arenas — e também adotou o uso de vidros na parte que fica a organizada.
— A punição dessas pessoas que arremessam também vão se intensificar. As câmeras já estão pegando. Não mediremos esforços para isso, seja dono de cadeiras cativa, dono de cadeira no Brahma oeste, de camarote. Aqueles que arremessam objetos, que as câmeras pegarem, nós seguiremos a punição, que passa por suspensão de 180 dias, e depois uma punição definitiva.
Uma das medidas - tratada pelo clube como essencial - é a implementação de reconhecimento facial em todos os setores do estádio.
— Não vejo outro caminho. Temos que pensar até na questão de ingressos em intransferíveis, que são medidas impopulares, mas da forma como é o futebol, o a gente viu aqui, isso não pode repetir. A Precisamos realmente aproveitar esse episódio e tomar medidas mais duras, então pensar em ingressos que não podem ser transferidos.
O Atlético entende que é o caminho para ter um maior controle no acesso ao estádio e também na identificação de vândalos, impedindo que ele consiga acessar novamente.
- O planejamento era começar há dois jogos. Com tudo isso, com trocas de processo, catracas, devemos segurar um pouco mais. Vamos ver o que vai acontecer
— São muitas reflexões. A gente tem que pegar tudo o que aconteceu e fazer com que isso a gente reflita de forma mais profunda e drástica. O Galo perdeu, o futebol perdeu, é um patrimônio do Brasil e a gente não pode deixar isso acontecer. Foi um prejuízo moral.
— Pode ter certeza que é um ponto que precisa ser considerado de mudança radical. Não vamos conseguir implementar tudo da noite para o dia, mas faremos de tudo para que o ambiente seja seguro. Não podemos aceitar o que vimos. Somos uma SAF séria, responsável e que vamos assumir as responsabilidades.
Fonte:https://ge.globo.com