G1 - SP
O secretário da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse em entrevista à GloboNews na manhã desta segunda-feira (11) que os dados da eficácia global dos testes da CoronaVac realizados no Brasil serão apresentados em coletiva de imprensa no Instituto Butantan nesta terça-feira (12).
“Esses dados que nós chamamos de eficácia global estão em posse do Butantan e da agência reguladora, a Anvisa, e dessa maneira saberemos todos amanhã essa informação que é de fundamental importância para que nós possamos inseri-la inclusive nas próprias campanhas [de vacinação]”, disse o secretário.
Na semana passada, o Instituto disse que a vacina atingiu 78% de eficácia em casos leves e 100% para casos graves e moderados, ou seja, a vacina protegeu contra mortes e complicações mais severas da doença.
Entretanto, a eficácia global da Coronavac, que aponta a capacidade da vacina de proteger em todos os casos, sejam eles leves, moderados ou graves, ainda não foi divulgada.
Na Indonésia, dados preliminares de testes de fase 3 no país mostraram uma eficácia de 65,3% para a vacina. O país aprovou o uso emergencial da CoronaVac e o presidente do país, Joko Widodo, deve receber a primeira dose na quarta (13).
No cálculo de especialistas, a eficácia global da CoronaVac no Brasil também deve ficar pouco acima de 60%, o que é considerado um bom índice de proteção.
A CoronaVac é uma vacina contra a Covid-19 que usa vírus inativados. Ela é desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, que é vinculado ao governo de São Paulo. De acordo com os pesquisadores chineses, a CoronaVac não apresentou "nenhuma preocupação com relação à segurança". A maioria das reações foram leves, sendo que a mais comum foi a dor no local da injeção.
Dados incompletos
No sábado (9), a A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que o Instituto Butantan entregou documentação incompleta dos testes feitos no país e cobrou o envio das informações.
Na ocasião, o Butantan disse que a solicitação faz parte do processo e que será prontamente atendida.
Entretanto, nesta segunda, o secretário da saúde alegou que o Instituto enviou um dossiê com mais de 10 mil páginas e que o governo de São Paulo recebeu com estranheza as declarações da Agência.