O mês de julho marcou a primeira etapa da implantação do Sistema Integrado de Gestão Prisional (Sigpri), desenvolvido pela Prodemge para a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap). A Unidade Gestora de Monitoração Eletrônica (UGME) foi o primeiro local a receber o sistema.
"Nesta primeira etapa implantaremos as funcionalidades de controle da custódia do indivíduo privado de liberdade, sendo que posteriormente efetuaremos evoluções nas funcionalidades que se referem aos processos de ressocialização dos internos", explica o superintendente de Sistemas de Defesa e Trânsito, Ladimir Freitas.
Desenvolvido pela Prodemge, em parceria com a Diretoria de Sistema da Informação (DSM) da Seap, o sistema começou a ser criado em 2012. A próxima unidade a receber o sistema será o Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, no fim deste mês.
Um cronograma com as datas de implantação será disponibilizado pela Seap em breve. A previsão é de que, em novembro, todas as unidades prisionais e administrativas estejam usando a plataforma.
Segundo o diretor de Sistema de Informação da Seap, Márcio José da Silva, os usuários já constataram a facilidade de uso, como no cadastro de admissão e na consulta de indivíduos. “Os servidores relataram que foi perceptível a redução no tempo de atendimento”, afirma.
De acordo com Silva, o novo sistema possui uma auditoria eficiente que permitirá maior segurança na liberação de senhas e controle dos acessos. Também não haverá mais a necessidade de instalação do programa, já que o sistema é acessado por meio do site sigpri.mg.gov.br.
Implantação gradual
De acordo com Ladimir Freitas, foi estabelecida uma estratégia de implantação gradual do Sigpri, de forma a diminuir qualquer tipo de impacto no trabalho das mais de 250 unidades prisionais do Estado.
“Existem várias integrações, bastante complexas, e não podemos simplesmente tirar o sistema anterior e fazer com que os usuários passem a usar o novo sistema. Assim, o sistema antigo e o novo estão sendo usados paralelamente para que a transição se dê sem qualquer tipo de impacto”, explica.
As informações contidas no Infopen estão sendo migradas gradativamente até a sua retirada total. Existem também integrações com o Sip e o PCnet, que estão mantidas no Sigpri.
O Sigpri é um dos sistemas da Prodemge que foi desenvolvido e será comercializado na modalidade SAS (software as service), sendo que a companhia já foi procurada por estados como o Espírito Santo e o Maranhão para apresentar a solução.
Será criado ainda o armazém de informações do Sigpri e o Portal Sigpri, um portal de informações para o cidadão, direcionado especialmente para visitantes e familiares de presos.
No portal será possível fazer um pré-cadastro para visitação, além da emissão de atestado carcerário e outros documentos relacionados ao detento e suas famílias.
Impressões do cliente
Para o diretor da Unidade Gestora de Monitoração Eletrônica (UGME), Giovani Belloni, o sistema além de diferenciado, apresenta qualidade para a gestão de informações dos indivíduos que passam pela unidade para a realização do cadastramento.
“Em todos estes anos que estive trabalhando na área, nunca vi um sistema tão completo. Acompanhei a implantação do Infopen e vejo a evolução que o Sigpri trouxe em relação ao antecessor. Toda a minha equipe de operadores se adequou bem à solução. Além da qualidade, o sistema permite induzir o operador a realizar os lançamentos de forma correta e exata”, explica Belloni.
“O layout é simples e o ambiente é informatizado e fácil de manusear. Podemos receber alertas com lançamento de fugas, por exemplo. Sem contar que o sistema é autoexplicativo e nos mostra erros e detalhes que antes demandavam mais tempo para consertar”, conta o operador da UGME e usuário do sistema, Gabriel Santos.
Para a gestora do projeto, Stefane Melo, somente com o envolvimento de todos é que foi possível executar um trabalho tão complexo e importante para a gestão da segurança do Governo Estadual.
“Agradeço a todos que participaram do projeto e destaco que o sucesso da implantação é resultado do trabalho integrado das equipes dos sistemas de segurança civil Pcnet, do Infopen e Sip, pois sem o conhecimento desses sistemas legados não teríamos alcançado os resultados, e também da atuação das áreas de produção como parte da equipe”, finaliza Stefane.