Ingrid Rodrigues - Terra
O Dia Mundial do DJ é celebrado nesta quinta-feira, 9. No Brasil, em especial, a data serve, ainda, de reflexão para os desafios da profissão. Por isso, o brasileiro Alok, 31, consagrado o quarto melhor do mundo em 2021, pela revista DJ Mag, destaca a importância dessa celebração e incentiva a perseverança e a evolução os profissionais da área.
Filho de DJs e irmão gêmeo do DJ Bhaskar, Alok afirma que, embora o histórico familiar tenha o influenciado, a certeza e o começo da carreira não foram tão simples. "Há 20, 25 anos atrás as pessoas não sabiam o que um DJ fazia. Quando tinha 12 anos já estava tocando profissionalmente ao lado do meu irmão. Mas quando fiquei mais velho, bateu o questionamento se eu seguiria na carreira de DJ ou não", conta.
Por temer pela instabilidade da profissão, Alok cursou Relações Internacionais, em uma universidade de Brasília. "Eu via os altos e baixos que meus pais passavam como DJs. [...] Então, ao mesmo tempo que ver eles tocando nas festas e festivais despertou minha paixão pela música, isso também me gerou dúvida", explica, para justificar que a bagagem familiar nem sempre significa um caminho concreto e de sucesso.
Diante dos históricos familiar e profissional, o também produtor musical aconselha: "Seja curioso e aberto ao novo. Antes, por exemplo, eu achava cafona os DJs que subiam ao palco e falavam no microfone. E quando comecei a subir ao palco e falar no microfone durante os sets? E aí? A forma como você julga o mundo é a forma como você interpreta como o mundo vai te julgar. Então, minha dica é: se livre de qualquer julgamento e faça aquilo que tem sentido pra você, procure o seu espaço, a sua identidade".