O prazo para o cadastro no Projeto Violas: O fazer e o tocar em Minas Gerais, do Governo do Estado, por meio do Iepha-MG, foi prorrogado até 31 agosto de 2017. Segundo dados do instituto, até o dia 25 de julho deste ano, foram recebidos registros de mais de 700 pessoas, distribuídas por diversas regiões do estado de Minas Gerais.
Mesmo com o alcance observato até aqui, o Iepha-MG indica que algumas regiões com tradição de tocadores e fazedores de violas ainda não estão contempladas no cadastro.Por isso, quem toca ou tem informações sobre pessoas que tocam a viola nas folias, no congado, na catira, no lundu, em rodas de viola, ou em outras ocasiões, ainda pode acessar o site www.iepha.mg.gov.br e conhecer mais sobre o projeto.
Para realizar o cadastro, basta clicar no banner disponível no portal do Iepha-MG, que leva a este link.
A ação faz parte de um estudo que o instituto deu início neste ano, sobre o fazer e o tocar a viola em Minas Gerais. O cadastro visa identificar onde estão presentes os tocadores e os fazedores do instrumento no estado e, assim, mapear as suas características.
A pesquisa também pretende compreender as relações da viola com as comunidades, já que o instrumento é um dos elementos estruturantes da identidade mineira e uma das principais porta-vozes da nossa cultura interiorana.
O costume de fazer e tocar este instrumento está presente em grande parte do território de Minas Gerais e dialoga com muitas práticas tradicionais, como as folias, congadas e demais festejos populares.
Nas comunidades rurais, a música assume o papel de elemento mediador das relações sociais. Já nas celebrações religiosas, atua como fio condutor de todo o ritual. Em festas profanas, nos momentos de colheitas ou trabalhos em mutirão, o som da viola determina o ritmo das atividades.
Em maio, foi realizado um seminário, em Belo Horizonte, que reuniu fazedores e tocadores de viola de Minas Gerais e de outros estados. Durante dois dias, instrumentistas, construtores e pesquisadores, debateram sobre os diversos aspectos da viola, como a história, a importância social, a as técnicas de tocar e a confecção do instrumento. Outros encontros também estão previstos, desta vez regionais.
Ao final do projeto, o estudo será apresentado ao Conselho Estadual de Patrimônio Cultural (Conep), que deliberará sobre o reconhecimento das Violas: o fazer e o tocar como patrimônio cultural de Minas Gerais