Os cinemas drive-in deixaram de ser espaço para nostálgicos e passaram a ser aposta do entretenimento fora de casa em 2020, com o distanciamento social para conter o avanço da Covid-19.
Drive-ins tradicionais já ativos antes da pandemia e novas iniciativas com plateias em carros querem atrair um público que quer mais do que ficar no sofá vendo lives, TV ou streaming.
Um projeto da produtora Dream Factory quer levar espaços de drive-in para oito capitais brasileiras a partir de julho. A empresa por trás do carnaval de rua do Rio e outros eventos na cidade quer fazer não só cinema, mas shows, palestras e apresentações de teatro.
Para sair do papel, o projeto depende de aprovação das prefeituras locais. A ideia é utilizar grandes espaços, com cerca de 10 mil metros, para receber de 150 a 200 carros por evento, com um valor de ingresso fixo por veículo.
O Rio tem outro projeto de drive-in previsto para o fim de maio, no estacionamento da Jeunesse Arena, também na Barra da Tijuca. A previsão de início é dia 28 de maio e a temporada de filmes dentro do carro irá até o fim do mês de junho. Cada sessão, com duração de quatro horas, custará R$ 100 por automóvel.
Também no Rio, a Cidade das Artes, na Zona Oeste, deve inaugurar um drive-in até o fim do mês. O cinema ocupará um espaço no estacionamento da Cidade das Artes e terá capacidade para 150 automóveis. Os filmes exibidos devem ser, em sua maioria, comédias.
A abertura deve ser com “Deus é brasileiro”, de Cacá Diegues, em homenagem aos 80 anos do cineasta, que faz aniversário dia 19 deste mês. A ideia é funcionar de terça a domingo, inicialmente com uma sessão. Caso a demanda seja grande, mais exibições serão abertas ao público.
Cinema no carro, show no carro e até rave e casamento no carro. A “solução drive-in” foi adotada por cantores, bandas e casas de eventos em pelo menos três países da Europa: Noruega, Dinamarca e Alemanha, entre o fim de abril e o começo de maio, para driblar as aglomerações de pessoas - e as restrições impostas por governos.
Para sair do papel, o projeto depende de aprovação das prefeituras locais. A ideia é utilizar grandes espaços, com cerca de 10 mil metros, para receber de 150 a 200 carros por evento, com um valor de ingresso fixo por veículo.
DRVE-IN NO RIO
O Rio tem outro projeto de drive-in previsto para o fim de maio, no estacionamento da Jeunesse Arena, também na Barra da Tijuca. A previsão de início é dia 28 de maio e a temporada de filmes dentro do carro irá até o fim do mês de junho. Cada sessão, com duração de quatro horas, custará R$ 100 por automóvel.
DRIVE-IN EM BRASÍLIA
Em Brasília, um cinema tradicional do estilo foi o único autorizado a abrir no Distrito Federal. Reabriu seus portões em 24 de abril, após decreto do governo distrital que liberava o funcionamento sem venda de comida e bebida no local.
Desde então, a proprietária Marta Fagundes viu o público triplicar: "Às vezes, em uma segunda-feira, tínhamos 50 carros. Agora temos 150."
Para receber o público novo, mas manter clientes antigos, o cine de Brasília passou a trocar a programação inteira semanalmente. É a primeira vez que o cinema, fundado em 1973, recebe tanta gente nova, relata ela.
No Brasil, o primeiro grande show no estilo pode ser de Luan Santana. Segundo sua equipe, o sertanejo se prepara para fazer uma apresentação dessas ente os dias 12 e 13 de junho, em São Paulo. A data ainda não está confirmada porque ele depende de autorização para reservar um local, segundo a assessoria do cantor.
Para o presidente da Associação Brasileira de Promotores de Eventos, Doreni Caramori, a experiência europeia pode influenciar o mercado brasileiro a partir do segundo semestre: “São países que entraram na crise antes do Brasil. Então observar o que está acontecendo lá é um indicativo para o mercado nacional. Do ponto de vista de saúde e, também, do comportamento do consumidor.”