Mais tarde, foi autenticada como um verdadeiro Leonardo da Vinci por vários especialistas britânicos e vendida a um oligarca russo, que decidiu revendê-la.
No final, foi colocado à venda em novembro de 2017, em leilão, cujo catálogo informava que o quadro foi pintado por Leonardo da Vinci.
Embora o governo saudita nunca tenha confirmado que o príncipe é o dono do "último Da Vinci", relatos sugerem que foi ele quem o comprou por meio de vários intermediários.
Consulta a Macron
Enquanto especialistas expressaram dúvidas sobre se a obra foi ou não realmente criada pelos assistentes de Leonardo Da Vinci, em abril de 2018 o príncipe foi recebido pelo presidente francês Emmanuel Macron.
Segundo fonte interna da administração, citada no documentário, "Salvador Mundi" estava na pauta do encontro.
Os sauditas pediram à França que um especialista examinasse a pintura, já que o Louvre abriga o C2RMF, laboratório de análise de obras de arte. A pintura teria permanecido ali por três meses.
O estudo do perito mostra, segundo a fonte, que "Leonardo só contribuiu para a pintura". O Louvre informou isso aos sauditas.
Mohamed bin Samán queria emprestar a obra ao Louvre para a grande exposição dedicada a Leonardo da Vinci no final de 2019.
"No final de setembro, Macron decidiu não aprovar o pedido". No último minuto, Mohamed bin Salmán recusou-se a emprestar o quadro em condições diferentes das que havia proposto.
"Antoine Vitkine contatou o Louvre, mas não queremos responder às suas perguntas, já que a pintura não foi emprestada durante a retrospectiva Leonardo da Vinci", disse o museu à AFP na quarta-feira (7).