Ele foi inaugurado antes mesmo de Belo Horizonte e é onde estão eternizadas figuras importantes da cidade: portanto, nada mais justo do que um passeio pelo Cemitério do Bonfim para conhecer mais da capital. Fundado em 8 de fevereiro de 1897 – dez meses antes de BH –, a necrópole guarda histórias diversas em suas sepulturas e jazigos.
Historiadora, a professora-doutora da UEMG Marcelina Almeida é a responsável por contar estes relatos no Visitas Guiadas ao Bonfim. O projeto existe desde 2012 oficialmente, mas surgiu quando Marcelina recebeu uma sugestão de estender seus ensinamentos para além das salas de aula. “Contar a história do cemitério e das pessoas que ali estão sepultadas, interligando com a história da cidade já é uma prática que vem das minhas pesquisas desde o final da década de 90. Isso acabou fomentando a construção desse projeto”, comenta.
As visitas ao cemitério começam na entrada, no portão principal do cemitério, onde está cravada a inscrição em latim Moritvri Mortvis (“Os que vão morrer aos mortos”). “É ali que contamos para as pessoas um pouco da história da cidade e sua conexão com o cemitério”, explica Marcelina.