A morte física é uma certeza nossa.
Então, num dado momento da vida,
a gente começa a pensar em como
será o nosso fim.
Será que morreremos de forma serena e pacífica,
como aqueles que partem enquanto dormem?
Ou será que morreremos de forma aparentemente cruel e atemorizante,
como aqueles que partem carbonizados,
asfixiados, decapitados, eletrocutados?...
A gente sabe que vai morrer,
mas não sabe como.
É essa incerteza que dá medo.
Por isso, não temos medo da morte em si,
temos medo de como iremos morrer.
Por exemplo,
você já pensou na possibilidade
de ser enterrado(a) vivo(a)?
Tente imaginar o desespero
de morrer nessa situação,
sozinho(a), naquele escuro...
É agoniante só de pensar!
Sem dúvida, esse é um jeito de morrer
que dá muito medo!
E se, por outro lado,
a gente tivesse a garantia
de uma morte tranquila?
Se todos nós tivéssemos a certeza
de que não haveria nenhum sofrimento
na hora da partida?
Com certeza, não haveria temor algum.
Como não há essa garantia,
há o temor do sofrimento.
Logo, a esperança de uma morte tranquila
é diretamente proporcional ao medo
de uma morte cruel.
Portanto, se for da vontade de Deus
que tenhamos uma morte serena, ótimo.
Mas se for o caso de um desencarne
aparentemente traumático,
que assim o seja,
porque é justiça divina.
.
Entretanto,
eu acho que sempre haverá algum tipo de livramento,
algum socorro espiritual naquele instante final.
Ainda que o cenário fatal seja chocante
aos nossos sentidos,
Deus há de nos amparar com o seu amor paterno,
livrando-nos do prolongado sofrimento físico.
Quantos e quantos casos já não ouvimos
falar de gente que sobreviveu a acidentes gravíssimos,
em que ficaram presas nas ferragens,
ou foram mutiladas, ou sofreram queimaduras graves, etc,
aparentemente experimentando grande sofrimento,
mas que de nada se lembram?
Por isso,
não há motivos para temermos a morte física,
pois o espírito é imortal.
Não há motivos para temermos nem mesmo
como iremos morrer,
pois o alívio divino vem na hora certa,
como doce misericórdia a nos amparar.
Paz e bem.