Amigos do jornalista, colunista e escritor Gilberto Dimenstein, 63 anos, confirmaram seu falecimento na manhã desta sexta-feira (29), em São Paulo. Ele lutava contra um câncer no pâncreas, descoberto no início de 2019. Filho de um pernambucano de origem polonesa e uma paraense morou em Vila Mariana, distrito de São Paulo.
Formado na Faculdade Cásper Líbero, foi colunista da Folha de São Paulo por 28 anos, de 1985 a 2013 onde também foi diretor na sucursal de Brasília, e correspondente em Nova Iorque e na rádio CBN. Atuou no Jornal do Brasil, Correio Braziliense, Última Hora, Visão e Veja, além de ter sido acadêmico visitante do programa de Direitos Humanos na Universidade de Columbia.
Recebeu o Prêmio Nacional de Direitos Humanos junto com Dom Paulo Evaristo Arns, o Prêmio Criança e Paz, do Unicef, Menção Honrosa do Prêmio Maria Moors Cabot, da Faculdade de Jornalismo de Columbia, em Nova York. Também ganhou os prêmios Esso (categoria principal) em 1988 e 1989. A premiação foi a maior distinção da profissão enquanto existiu, de 1955 a 2015.
Em 1994, publicou “O Cidadão de Papel”, que ganhou o Prêmio Jabuti de melhor livro de não ficção. O livro fala sobre os direitos da criança e do adolescente no Brasil.
Em 2008 Dimenstein fundou o site Catraca Livre.
O jornalista nasceu em São Paulo, em 28 de agosto de 1956, filho de um pernambucano e de uma paraense. Formou-se em jornalismo na Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo.
Dimenstein passou os últimos anos envolvidos em projetos sociais e educacionais. Ele era presidente do conselho da Orquestra Sinfônica de Heliópolis, a maior favela em São Paulo, e membro do conselho consultivo do Museu do Amanhã, no Rio.
O escritor é um dos fundadores da Andi (Agência de Notícias dos Direitos da Infância), ONG que estimula a pauta dos direitos humanos na cobertura jornalística.
Em 16 de abril, escreveu em sua conta no Twitter que abriu mão de 100% de seus rendimentos para evitar a demissão de seus colaboradores. Esta foi uma de suas últimas publicações.
“Não é heroísmo. Consigo viver muito bem com minha aposentadoria. Duro é viver sem a companhia de profissionais dedicados e competentes, socialmente comprometidos”, disse.