A pandemia prejudicou os museus do mundo, mas ainda é possível apreciar belas obras de arte em ambientes bastante acessíveis: os espaços públicos do País. Com mais de 1.200 obras catalogadas no Brasil, além de 800 no exterior, o site “Arte Fora do Museu” reúne o maior acervo de arte urbana e arquitetura do planeta. Os trabalhos estão divididas em projetos arquitetônicos, esculturas, murais e obras de “street art”.
Além de servir de guia para quem quiser visitar as obras in loco, o site sugere roteiros temáticos.
“Arquitetura Moderna Paulistana”, por exemplo, recomenda prédios como o Museu Brasileiro de Escultura (Mube), de Paulo Mendes da Rocha, e a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, de Vilanova Artigas, entre outros. São Paulo, com 600 obras citadas, foi o berço do projeto criado pelos jornalistas Felipe Lavignatti e André Deak.
“Vimos que, com algumas exceções, as obras de arte expostas nas ruas não tinham identificação”, diz Lavignatti.
“Começamos a disponibilizar informações online, já que não podíamos colocar placas do lado de uma escultura, um prédio ou uma parede com graffiti.” Se o site já servia como guia turístico antes da pandemia, a tendência é que a população valorize ainda mais esses museus a céu aberto.
Em Minas Gerais turistas podem apreciar arte e beleza no Instituto Inhotim - sede de um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil e considerado o maior centro de arte ao ar livre da América Latina. Idealizado em meados dos anos 1980 o Inhotin abriga um complexo museológico com uma série de pavilhões e galerias com obras de arte e esculturas expostas ao ar livre, além de uma coleção botânica que reúne espécies raras e de todos os continentes.
A ideia do museu é aproximar o público de um relevante conjunto de obras, produzidas por artistas de diferentes partes do mundo.
Inhotim está localizado na cidade de Brumadinho, no Vale do Paraopeba, no final do Maciço do espinhaço.
Desde sua criação, o Instituto estabeleceu relações com a cidade, seja como local de trabalho para a população seja como agente propulsor de desenvolvimento social, educativo e cultural.