A vitória por 2 a 0 no primeiro tempo foi incontestável. Com Danilo centralizado, Raphael Veiga pela direita e Patrick de Paula pela esquerda à frente da linha de cinco, o Palmeiras tirou os espaços e não foi ameaçado antes do intervalo. Quando atacava, mantinha Marcos Rocha mais preso, enquanto Victor Luis se aventurava à frente na esquerda.
No início do segundo tempo, a equipe de Abel Ferreira viveu seu momento de maior dificuldade, mas ainda assim protegeu bem sua área – as chances do Del Valle, defendidas por Weverton, vieram especialmente em finalizações de longa distância.
O jogo voltou ao controle quando Patrick, para coroar seu bom jogo, roubou a bola na entrada da área e fez 3 a 0. A partir desse lance, veio a avalanche, com os gols novamente de Rony e de Danilo Barbosa. Willian e Wesley ainda tiveram chances claríssimas para fazer um impensável 7 a 0, mas desperdiçaram.
Depois de poupar boa parte dos titulares nas últimas rodadas do Paulista, o Palmeiras deu a resposta na Libertadores. Jogou ao seu estilo, de forma vertical, mas com repertório. Teve gol a partir de pressão alta, em jogada de ultrapassagem e bola parada.
Com jogos a cada dois dias, é impossível querer "abraçar o mundo". A estratégia de usar os garotos no Paulista para ter um time mais inteiro na Libertadores é necessária. O Palmeiras, de fato, teve seus problemas neste início de temporada, mas entrou em uma turbulência exagerada. A atuação dessa terça mostrou por que o Verdão venceu a Libertadores e como pode entrar novamente forte na briga pelo título continental.