Como nasce um ser humano lendário? O maior deles com a bola nos pés nasceu descalço. Veio de família muito pobre, do interior de Minas Gerais. Foi humilhado, desacreditado e sofreu o peso da desigualdade. A bola, com quem dividira os momentos mais inesquecíveis da vida, pelos seus pés foi meia, trapos e até manga. Acima de tudo, uma lenda nasce da extrema superação. E a maior lenda do futebol se resume em verde e amarelo, veste a 10 e domina a arte da ginga: Pelé, o Rei do Futebol.
Na noite desta segunda-feira (16), seis salas do Cinemark Shopping Iguatemi, em São Paulo, foram ocupadas por cerca de 800 convidados para a pré-estreia de “Pelé: o nascimento de uma lenda”. Na sala 1, a Confederação Brasileira de Futebol, uma dos apoiadoras do longa, reuniu nomes ligados ao futebol como ex-atletas, presidentes de clubes e patrocinadores da Seleção Brasileira.
O filme conta a trajetória do maior jogador de futebol de todos os tempos, da infância pobre em Bauru até a glória máxima na conquista do primeiro mundial com a Seleção Brasileira, em 1958, na Suécia.
– Eu sempre tive uma admiração pelo Pelé, mesmo não jogando no meu time (sorri). Tenho muito respeito por ele. O Pelé foi muito importante para nós jovens, negros, em um país onde se tem muito racismo – comentou o ator Milton Gonçalves, que interpreta Waldemar de Brito, ex-jogador e técnico de futebol, o olheiro que encontrou Pelé.
Campeões do Mundo, Ado (70), Zetti (94) e Beletti (2002) prestigiaram o lançamento, assim como ex-jogadores como Sérgio (goleiro do Palmeiras), César Sampaio (ex-Seleção Brasileira) e Marcos Assunção (Ex-Santos e Palmeiras). Atletas das categorias de base do Santos Futebol Clube também estavam entre os convidados. A emoção era nítida nos olhares de quem deixava as salas ao final da exibição do filme.
– Acho maravilhoso a gente divulgar a nossa ginga, nossa forma de jogar.Temos que continuar dessa forma. O Pelé é eterno, as jogadas, a história dele é linda, os companheiros que ele tinha ao lado. Me emocionei e fiquei muito feliz. É muito difícil reproduzir o jogo de futebol e como eles conseguiram. Os diretores e atores estão de parabéns – elogiou Zetti, ex-goleiro campeão do mundo com o Brasil em 1994, nos Estados Unidos.