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Depois de passar pelo pior momento da sua história com o rebaixamento para a Série B, o Cruzeiro segue com muitos problemas para o ano da sua reconstrução. O clube deve iniciar a segunda divisão com seis pontos a menos devido ao não pagamento de mais de R$5 milhões ao Al-Whada, dos Emirados Árabes, pelo empréstimo do volante Denilson em 2016.

A primeira ordem de pagamento pela FIFA chegou em março de 2020. O Cruzeiro disse que tentou renegociar a dívida, mas não obteve sucesso. O valor, então, deveria ter sido quitado até nesta segunda (18), o que não aconteceu. Assim, a perda dos pontos foi automaticamente aplicada pela CBF sem que houvesse qualquer comunicado ou julgamento da FIFA.

Em nota oficial, o clube informou que estava em tratativas positivas com o Al-Whada nas últimas semanas. Entretanto, a eleição para a escolha do novo presidente, que acontecerá na quinta (21), e a falta de recursos, devido a antiga administração e à pandemia do Coronavírus, acabou dificultando as negociações.

Ainda no comunicado, o diretor executivo do conselho gestor do Cruzeiro, Sandro Gonzalez, disse que estava tentando adiar a dívida para o segundo semestre de 2020. Porém, o representante do Al-Whada foi taxativo em dizer que o processo já corre há 4 anos e nenhum dirigente o procurou para fechar um acordo.

E NÃO PARA POR AÍ...

Segundo uma matéria do Globo Esporte, a Raposa acumula uma dívida superior a 80 milhões de reais feitas em contratações. Isso envolve, por exemplo, a chegada do Willian Bigode ao time. Ele foi contratado em 2014, ano em que o Cruzeiro foi campeão brasileiro, vindo do Metalist Kharkiv, da Ucrânia. O clube europeu foi dissolvido por problemas políticos e a dívida agora tem que ser paga ao Zorya Luhansk, equipe também ucraniana.

O valor em questão é de aproximadamente 11 milhões de reais e o Cruzeiro tem até o dia 29 deste mês para pagar. O jornalista, Heverton Guimarães, postou, em seu Twitter, que caso a dívida não seja quitada, o clube poderá perder mais seis pontos. Ele também confirmou que a reincidência no não pagamento poderá resultar em um novo rebaixamento como uma forma de punição mais severa.