A Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol aplica o curso de capacitação para o uso da tecnologia no Eco Resort Oscar Inn, em Águas de Lindóia (SP). Um dos supervisores do VAR é Ednilson Corona, que representou o Brasil na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha.
Durante as atividades, ele tem orientando os árbitros e assistentes sobre o melhor uso da ferramenta, na sala com os monitores e no campo com o ponto eletrônico. Com a experiência de quem integrou do quadro da FIFA de 1997 a 2010, Corona faz um paralelo entre o período em que atuava e o momento atual.
– Em 2006, quando estive na Copa do Mundo, foi um momento diferente. Na verdade, logo após o Mundial de 2002, toda a Comissão de Arbitragem da FIFA foi mudada. Foi uma comissão de ex-árbitros, mais técnica. A gente imaginou que ali a arbitragem seguiria esse caminho durante um bom tempo. Mas hoje, 15 anos depois, a gente já está vendo uma grande alteração, continua a técnica, mas agora tem a tecnologia. Usar os recursos das imagens para corrigir alguns erros que por acaso o árbitro possa ter durante a partida é fundamental. Arbitragem é isso. Cada tempo a gente busca alternativas e soluções para o que não está saindo bem dentro de campo – enfatiza.
Um dos grandes nomes da história recente da arbitragem brasileira, Ednilson Corona iniciou a carreira em 1986. Na Copa do Mundo de 2006, seu maior momento, atuou nas partidas: Itália x Gana, Espanha x Tunísia e Alemanha x Suécia. Nas três, como em todas que trabalhou, teve auxílio do árbitro de vídeo. Fato este que o paulista lamenta.
– Pois é, na nossa época não tinha! (Risos) Era muito mais na raça! Mas é muito bem vinda a tecnologia. Vai corrigir algumas situações por questões da velocidade do jogo que quem estiver no campo não consiga ver. Vejo que o árbitro de vídeo será fundamental para que a gente possa legitimar cada vez mais os resultados das partidas – destaca.