Em 2024, eleitores dos municípios brasileiros elegem prefeitos e vereadores para os próximos quatro anos. Apesar da escolha em nível local, a eleição deste ano deve refletir a polarização nacional entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A sete meses do pleito, as bancadas de PL e PT, as maiores da Câmara dos Deputados, também acumulam o maior número de parlamentares que se apresentam como pré-candidatos a prefeituras do País.
Dos 96 deputados do PL, 23 afirmaram que são pré-candidatos a algum Executivo municipal. Entre os 68 petistas da Câmara, 19 disseram ser pré-candidatos. O Estadão ouviu os 513 deputados e 81 senadores entre os dias 19 de fevereiro e 11 de março. No total, 96 deputados e senadores afirmaram que devem concorrer ao cargo de prefeito.
Especialistas ouvidos pelo Estadão explicam que o pleito municipal desempenha um papel estratégico na articulação política do País. Neste ano, a importância da eleição é ainda maior para os partidos de Lula e Bolsonaro. Aos petistas, o sufrágio pode ser um indicativo da aprovação da gestão federal. Aos bolsonaristas, vale manter o ex-presidente, inelegível até 2030, vivo no debate político. Aos dois interessa a projeção de prefeitos nas principais cidades, que poderão funcionar como cabos eleitorais na disputa presidencial de 2026.
Estadão Conteúdo