O prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil voltou a reiterar em coletiva realizada hoje (18) que a flexibilização do isolamento social e da reabertura dos comércios a partir do dia 25 de maio depende exclusivamente do comportamento da população. Conforme o prefeito, os números dos últimos dias mostram uma queda na adoção da quarentena, principalmente nos dias de semana.
A previsão é que a prefeitura municipal anuncie na próxima sexta-feira (22) o decreto que vai permitir ou não que as atividades comerciais voltem a funcionar gradualmente.
“Se Belo Horizonte for confirmar a data (de reabertura) para segunda-feira, será dada uma coletiva. Eu peço a população que aperte o cinto e fique em casa. Temos uma chance grande de começarmos um processo de flexibilização gradual, científica”.
Kalil ainda lembra que só a prefeitura perde mensalmente R$ 109 milhões em arrecadação por conta das medidas de restrição impostas pela pandemia. Ele também se defendeu sobre as críticas que vêm recebendo do grupo que defende a reabertura imediata da economia:
"Quero dizer a população mais uma vez que ninguém quer reabrir a cidade mais do que o prefeito. Estou fazendo um ato de carinho e responsabilidade, que o gestor deve fazer com a população que carinhosamente foi nas eleições e o elegeu".
Conforme o Kalil, caso ocorra uma explosão de casos nessa semana e o relaxamento seja intensificado pela população, há possibilidade do lockdown ser adotado na cidade – com a medida, a circulação de pessoas nas ruas e carros só é permitida para atividades essenciais, como compras nos supermercados e farmácias.
"Existem as duas [possibilidades: reabertura ou lockdown], mas quem vai determinar não sou eu. Quero dizer que não estou fugindo de responsabilidade, temos um rumo que é a ciência, e se ela falar que em vez de abrir ocorra o fechamento, vai ser. Quem muda de rumo se perde. Não pratico achismo, do mesmo jeito que reconstruímos a cidade após as chuvas, estamos fazendo agora".
Em nível de alerta amarelo, que aponta a expansão da pandemia em Belo Horizonte, porém com ocupação dos leitos de UTI dentro dos limites aceitáveis, o Jackson Machado afirma que "se a flexibilização gradual fosse hoje, ela aconteceria".