O secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, afirmou nesta terça-feira (28) que o governo já encomendou 100 milhões de unidades da vacina de Oxford contra Covid-19, que está na terceira e última fase de testes. Caso a imunização se comprove eficaz e segura, o primeiro lote — de 15 milhões de vacinas — deve chegar em dezembro deste ano.
“Fechamos acordo para o envio de 100 milhões de doses da vacina em três lotes. O número se baseia na campanha de vacinação contra a influenza no Brasil. O primeiro lote deve chegar na primeira quinzena de dezembro, com 15,2 milhões de doses, e o segundo terá o mesmo número de aplicações e chega entre dezembro em janeiro. O terceiro lote, de 70 milhões de doses chega entre março e abril. Se todos os estudos derem certo, nós iremos iniciar a campanha de vacinação em dezembro.”
Medeiros explicou à CNN que os primeiros grupos a receberem a vacina serão os idosos, aqueles com comorbidades e os profissionais da saúde da linha de frente. Segundo ele, o Ministério da Saúde já está mobilizando suas equipes para montar uma estratégia de aplicação das vacinas para “não criar pânico nem tumulto” na população para que seja um processo seguro.
“A Secretaria de Vigilância em Saúde cuidada do sistema nacional de imunização. Nossa capacidade de aplicar vacinas é de longa data, somos eficientes para aplicar no país inteiro de forma rápida.”
O secretário também destaca o acordo feito entre o governo brasileiro e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com a Universidade de Oxford e a AstraZeneca – laboratório responsável pelo desenvolvimento da vacina – que garante ao Brasil a transferência da tecnologia do medicamento, que poderá ser produzido no laboratório de Bio Manguinhos, da Fiocruz.
“Nessa encomenda com a Oxford e a AstraZeneca, o governo brasileiro assumiu compromisso de transferência de tecnologia para termos autonomia de produção da vacina, que será produzida no laboratório de Biomanguinhos.”