Exatos 10 meses após o rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho, em Minas Gerais, atingidos convivem com a incerteza sobre o futuro dos pagamentos emergenciais mensais. O acordo que estabeleceu esses repasses só os garantiu até 1 ano após a tragédia, que se completará em 25 de janeiro de 2020.
Uma prorrogação vem sendo negociada na Justiça entre a Vale, o MP-MG (Ministério Público de Minas Gerais), a Defensoria Pública de Minas Gerais e outros órgãos. No entanto, até a última audiência para tratar do assunto na semana passada, não houve avanços. Um novo encontro já está agendado para a próxima 5ª feira (28.nov.2019).
Os pagamentos emergenciais mensais correspondem ao valor de 1 salário mínimo por adulto, a metade dessa quantia por adolescente e 1/4 para cada criança. Eles foram assegurados a todos os moradores de Brumadinho, sem distinção.
Nos demais municípios atingidos, o benefício foi concedido a pessoas que residem até 1 quilômetro de distância da calha do Rio Paraopeba. Atualmente, cerca de 108 mil fazem jus aos valores definidos. A incerteza em relação ao futuro do pagamento levou 1 grupo de atingidos e protestar na semana passada, bloqueando uma linha férrea na altura do município de Mário Campos. Segundo André Sperling, promotor do MP-MG, a divergência ocorre porque a Vale quer manter os repasses apenas para 1 número limitado de pessoas.