O dólar alcançou na manhã desta quinta-feira, 28, máxima intradia (cotação de um determinado ativo ao longo de um mesmo dia) a R$ 6,0005 (alta de 1,47%) no mercado à vista. É o maior valor histórico, após o R$ 5,9718 registrado durante a sessão de 14 de maio de 2020. A máxima ocorre em meio ao anúncio do ministro da Fazendo, Fernando Haddad, do conjunto de medidas para controle de gastos e uma das promessas de campanha do Luiz Inácio Lula da Silva (PT): a isenção do IR aos contribuintes que ganhem até R$ 5 mil por mês.
O gerente da mesa de câmbio da corretora Correparti, Guilherme Esquelbek, atribui a maior demanda defensiva à reação negativa do mercado financeiro ao anúncio conjunto da ampliação da faixa de isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil com as medidas de contenção de gastos no pacote do governo federal.
“O mercado não gostou dos detalhes da coletiva sobre o pacote e da divulgação conjunta da medida do IR, inflacionária, e pede mais prêmios nos juros também. A Selic pode subir mais que o esperado”, comenta a fonte, referindo-se à entrevista que contou com ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante o período da manhã, para detalhar o pacote.
Depois de ultrapassar o nível de R$ 6, a moeda norte-americana desacelerou a alta no início da tarde, mas ainda continua muito perto deste nível. Às 13h26, apresentava alta de 1,42%, cotada a R$ 5,9990 no mercado à vista.
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