O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Uberlândia, em parceria com a Polícia Civil e Polícia Militar, realiza na manhã desta terça-feira (13) uma operação para combater um esquema de desvio de verbas publicitárias que envolve secretários e servidores municipais de Araguari.
São cumpridos um mandado de prisão preventiva contra o secretário Chefe de Gabinete, Marco Antônio Farias, que ainda não foi localizado. E ainda uma ordem judicial para o afastamento do secretário de Educação, Werlei Ferreira de Macedo. Também existem mandados judiciais de busca e apreensão que são cumpridos nas residências dos denunciados e outros servidores, além das sedes das secretarias de Educação, Gabinete e Administração. A reportagem está em contato com a Prefeitura e em busca dos defensores dos secretários para pedir posicionamento sobre o caso.
Os secretários podem responder por lavagem de dinheiro, fraude em licitações, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva. Gaeco realiza operação em Araguari contra esquema de servidores municipais em desvio de verbas publicitárias — o esquema De acordo com o Gaeco, o esquema ilegal de 2017 envolve um contrato de 12 meses de cerca de R$ 3,5 milhões. Conforme a denúncia, os dois secretários eram donos de um grupo de comunicação e teriam ido atrás do vencedor da licitação para alinharem negócios em conjunto, o que é uma prática ilegal.
Os secretários, donos de fato da agência, tinham influência para conduzir a licitação e direcionar os recursos ao grupo, depois que se uniam ao já esperado vencedor do certame, que posteriormente se juntava ao esquema. Para legitimar a operação, nomes de parentes e outros laranjas eram usados para representar “oficialmente” as empresas.
A legislação que respalda a atuação do servidor público impede que funcionários em cargos comissionados sejam donos de empresas que recebam verbas públicas. A investigação é um desdobramento da Operação “Hoopoe”, que foi desencadeada em Araguari em 2018 após denúncias de venda irregular de túmulos no Cemitério Bom Jesus da Cana Verde. Posteriormente, foi verificado um esquema de desvio de recursos públicos praticado por agentes públicos e políticos da cidade