A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia anunciou nesta 4ª feira (11.mar.2020) 1 corte na sua projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2020, para 2,1%. No último relatório, divulgado em janeiro, era de 2,4%. Ou seja, uma queda de 0,3 ponto percentual. As projeções fazem parte do Boletim Fiscal
A redução foi feita devido a uma desaceleração do crescimento global, impulsionada pelo novo coronavírus, que já deixou 121 mil infectados e 4.373 mortos em todo planeta. O país mais afetado pelo surto é a China, principal parceiro comercial do Brasil. Também impacta nas estimativas a guerra comercial em torno da produção de petróleo.
A Opep, grupo de maiores produtores de petróleo do mundo, e a Rússia não chegaram a 1 acordo sobre o tema e o preço do barril tipo brent teve forte queda nos últimos dias. “Esta queda aumentou a volatilidade nos mercados e provocou 1 movimento global de aversão a risco, com forte reação negativa dos preços de ativos. De 1 lado, uma queda no preço de petróleo pode ser interpretada como 1 choque positivo na oferta, diante da redução do custo dos insumos de produção. Por outro, há empresas muito alavancadas que poderão ter dificuldades creditícias à frente”, diz o documento.
Os analistas do mercado financeiro consultados pelo Boletim Focus já haviam revisado para baixo a estimativa de crescimento do PIB brasileiro: de 2,17% na semana passada para 1,99% esta semana. Com menor alta no PIB, o governo deve arrecadar menos impostos.
O cenário mais provável, segundo o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, é que seja anunciado 1 contingenciamento (corte de gastos) no próximo Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, em 20 de março.
EIS OS DEMAIS PARÂMETROS ATUALIZADOS: PIB nominal:
de R$ 7,743 trilhões para R$ 7,734 inflação:
de 3,62% para 3,12% IGP-DI: de 4,32% para 3,66% INPC:
de 3,73% para 3,28%