Foi inaugurado nesta quarta-feira (16) o novo aparelho de radiologia do Setor de Oncologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), também conhecido como Hospital do Câncer de Uberlândia. Com o custo de mais de R$ 6 milhões o Acelerador Linear é utilizado em tratamentos radioterápicos e, segundo a médica do Hospital do Câncer Claudia Helena Tavares, ele é o que há de mais moderno no mundo em tecnologia para procedimentos de radioterapia e radiocirurgia.
O equipamento da UFU custou R$ 6.269.000 e foi adquirido através de várias parcerias. A maior parte do investimento, R$ 6 milhões, veio de uma emenda parlamentar. Outros R$ 200 mil saíram de aplicações financeiras e R$ 69 mil da Fundação de Assistência, Estudo e Pesquisa de Uberlândia (Faepu). Também foram gastos R$ 4 milhões do Grupo Luta pela Vida na sala que abriga o equipamento.
Inauguração
Evento de inauguração teve presença de diversas figuras da universidade e do governo — Foto: Universidade Federal de Uberlândia/Divulgação
“Agradeço a presença de todos e, em especial, ao deputado federal Weliton Prado, que tem sido parceiro não apenas neste projeto, mas em diversos outros projetos da nossa universidade”, disse o reitor da UFU Valder Steffen Junior, durante o evento de entrega do equipamento.
O superintendente do HC-UFU, Nilton Pereira Júnior, destacou a importância do equipamento para o ensino na UFU.
“Diretamente estarão envolvidos no funcionamento deste aparelho estudantes de graduação em Física Médica, residentes médicos de três programas de residência, além de residentes multiprofissionais do Programa de Atenção à Oncologia”, explicou ele.
Vantagens no tratamento
Claudia Helena Tavares comentou sobre as vantagens que o aparelho traz. “Com este acelerador consigo tratar tumores muito pequenos com alta precisão, pois é possível adquirir em tempo real a imagem da área que está sendo irradiada, preservando outros órgãos”, afirmou ela.
Devido a esta maior precisão do tratamento, o equipamento permite tratar tumores que, hoje, são impossíveis de serem retirados cirurgicamente. Outra vantagem direta é que, em cirurgias mais complexas, órgãos vitais sem relação com a doença podem ser danificados. No entanto, com uma maior precisão na operação, fica mais fácil preservá-los durante o procedimento.
Além disso, o aparelho também diminui o tempo de diversos tratamentos, com tratamentos que eram feitos com 25 aplicações de radioterapia, sendo realizados entre uma a três sessões. “Com isso eu aumento a rotatividade e tenho ganho de tempo, tanto social quanto na qualidade de vida do paciente”, continuou a médica.