As atenções do setor de óleo e gás estarão voltados para o Brasil nesta semana. Na 4ª feira (6.nov.2019), o governo ofertará 4 áreas exploratórias no pré-sal na Bacia de Santos, no famoso megaleilão da cessão onerosa. A expectativa é que a rodada, que pode render até R$ 106,6 bilhões em arrecadação, consolide os investimentos no setor no país e garanta 1 alívio financeiro para os cofres da União, Estados e municípios.
No total, 12 empresas vão disputar a rodada, entre elas a Petrobras, que exerceu direito de preferência para operar duas áreas, Búzios e Itapu. Só a venda desses blocos garantem arrecadação de R$ 70 bilhões em bônus de assinatura, valor pago pelo direito de explorar óleo e gás.
O montante é dobro da arrecadação em todos os leilões de óleo e gás realizados no mundo de 2016 a 2018, R$ 36 bilhões. Na avaliação de Décio Oddone, presidente da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o Brasil está recuperando o tempo perdido durante uma década sem leilões de óleo e gás. Os volumes de óleo nas áreas ofertadas, segundo ele, têm potencial para dobrar as reservas brasileiras e colocar o Brasil entre os 5 maiores produtores de petróleo do mundo.
“O megaleilão é a culminação de 1 grande processo de retomada da atividade de petróleo e gás no Brasil, que começou em 2017. De longe, é a medida mais emblemática e relevante que poderia ser tomada, mas complementa tudo”, afirmou Décio Oddone, presidente da ANP, ao Poder360. Ele ressalta que, além do bônus de assinatura, a exploração do petróleo do pré-sal terá impacto financeiro para o país ao longo dos próximos anos. Isso porque, pelo modelo de partilha, a União e os Estados recebem parte da produção de óleo e participações especiais ao longo dos contratos.
A estimativa da ANP é que essa arrecadação suba de 10% a 15%.