A Câmara de Belo Horizonte aprovou nesta terça-feira (3 de dezembro) o orçamento do município para 2025 em votação com derrota para o prefeito Fuad Noman (PSD) após os vereadores acatarem todas as emendas - um total de 1.346 sugestões - apresentadas por parlamentares aliados e de oposição que mexem na destinação dos recursos programada inicialmente pela prefeitura.
O líder de governo afirmou que a aprovação da sugestões foi um movimento negativo para o governo. "Acredito que o prefeito terá que vetar estas emendas", disse. Caso isso ocorra, o veto volta para a Câmara, onde poderá ser mantido ou derrubado. Sobre a vitória do vice-líder na aprovação da emendas de R$ 44,7 milhões, Miranda negou haver atrito sobre a questão. Já o vice-líder disse que os recursos foram destinados para uma bandeira sua. O dinheiro da emenda é para efetivação de guardas municipais que ainda não foram nomeados.
Segundo a vereadora Marcela Trópia, o prefeito Fuad terá dificuldades para se adequar às mudanças no texto aprovadas nesta segunda-feira. "O governo vai ter que ter muito jogo de cintura para lidar com todas essas emendas aprovadas", disse. As emendas apresentadas pelos parlamentares são sugestões de deslocamento. de uma área para outra, de recursos previstos no orçamento.
Mesa-Diretora
Uma movimentação entre dois vereadores chamou a atenção na manhã desta segunda-feira na Câmara Municipal. O vereador Juliano Lopes (Podemos), que raramente pede a palavra para se manifestar ao microfone, pediu tempo de liderança para elogiar a emenda dos R$ 44,7 milhões apresentada pelo vice-líder do governo, Wagner Ferreira.
Lopes é integrante da chamada "Família Aro" e, até o momento, único candidato a presidente da Casa na eleição que acontece no início do próximo ano. Na avaliação de parlamentares, o elogio do vereador do Podemos ao vice-líder de Fuad indica uma aproximação entre o hoje aliado o prefeito com a "Família Aro" que, hoje, tem votado com o governo, mas já foi oposição ao prefeito.
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