O PIB (Produto Interno Bruto), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, recuou 1% no 1º trimestre deste 2020 na comparação com o último trimestre de 2019, segundo a FGV (Fundação Getulio Vargas). A queda interrompe a trajetória de crescimento iniciada no primeiro 1º de 2017.
Segundo a fundação, o PIB cresceu 0,3% de janeiro a março, em relação ao mesmo período de 2019. Considerando-se apenas o mês de março, quando começaram as medidas de isolamento para combater à pandemia, o PIB caiu 5,3%, em relação a fevereiro e 0,9% na comparação com março do ano anterior.
“É inegável que o ano de 2020 será marcado pela forte desaceleração econômica em decorrência da pandemia de covid-19; passamos do lento ritmo de crescimento observado nos 3 últimos anos à acelerada retração, que está apenas no início”, afirma o coordenador do Monitor do PIB da FGV, Claudio Considera. Eis outros destaques da FGV, na comparação do 1º trimestre de 2019 para o 1º trimestre deste ano:
Consumo das famílias: cresceu 0,2%;
Formação bruta de capital fixo (investimentos): caiu 0,2%;
Exportações: caíram 3,8%;
E importações: cresceram 5,3%. SAÚDE Nesta edição do Monitor do PIB, a FGV fez uma análise especial do sistema de saúde.
Em conjunto, as atividades de saúde pública e privada representavam, de acordo com o IBGE, 4,3% do PIB em 2017, sendo a saúde pública responsável por 2% e a saúde privada, por 2,3%. Em março, a atividade de saúde pública caiu 2,7%, na comparação com março de 2019. Já a atividade de saúde privada teve retração de 0,6%, no período.
Segundo a FGV, as quedas de produção da atividade de saúde, tanto pública quanto privada, estão, provavelmente, associadas ao adiamento de consultas e exames devido ao isolamento social dos 15 últimos dias do mês de março.