Líderes tentam reverter o mal-estar gerado entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o Senado durante a votação da reforma da Previdência.
O representante da bancada do MDB, a maior da Casa Legislativa, com 12 senadores, Eduardo Braga (AM), disse ao Congresso em Foco nesta quinta-feira (3) que está trabalhando para o pacto federativo não ser afetado. Guedes ameaçou represar pontos do pacote que daria auxílio financeiro aos estados por conta da desidratação sofrida na reforma previdenciária em primeiro turno. Senadores, inclusive os do MDB, agiram para retirar trecho da reforma que restringia o abono salarial.
A moeda de troca do ministério da Economia deve vir no novo pacto federativo, um conjunto de medidas que prevê mais recursos para estados e municípios. Guedes solicitou que sua assessoria estude mudanças no pacote para compensar os valores perdidos com o abono salarial.
A ideia da pasta, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, é compensar "cada bilhão perdido", o que pode provocar ainda mais animosidade entre o governo e o Congresso. “Não haverá retaliação alguma. Ministro Guedes tem plena noção de suas responsabilidades com o país”, disse o líder do DEM, sigla com seis senadores,Rodrigo Pacheco (MG), ao Congresso em Foco.