O Reino Unido autorizou nesta quarta-feira o uso da vacina desenvolvida pelo grupo britânico AstraZeneca e a Universidade de Oxford, com a qual espera acelerar consideravelmente a campanha de vacinação contra a pandemia, que disparou no país desde a detecção de uma nova cepa muito mais contagiosa.
As autoridades britânicas anunciaram na terça-feira 53.135 novos casos de coronavírus, um recorde, e as internações na Inglaterra superaram 21.500, acima do máximo de 19.000 registrado no pior momento da primeira onda em abril.
Mais de 24 milhões de pessoas, 43% da população inglesa, já estão sob ordem de permanecer em casa. Restaurantes, cinemas e museus voltaram a fechar as portas.
Neste contexto, a autorização da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde (MHRA) à vacina desenvolvida pelo laboratório britânico AstraZeneca com os cientistas da Universidade de Oxford chega como um balão de oxigênio.
A luz verde "acontece após rigorosos testes clínicos e uma análise profunda dos dados apresentados pelos especialistas da MHRA, que concluíram que a vacina responde às estritas normas de segurança, de qualidade e de eficácia", anunciou o ministério da Saúde em um comunicado.
Muito mais barata e fácil de administrar que a vacina da Pfizer/BioNTech - a única aprovada no Reino Unido até agora - porque pode ser armazenada a uma temperatura de entre 2ºC e 8ºC, contra -70ºC do produto da Pfizer, esta vacina era a grande esperança das autoridades britânicas, que já adquiriram 100 milhões de doses de maneira antecipada.
A vacina da AstraZeneca começará a ser administrada em 4 de janeiro, o que vai acelerar a campanha iniciada em 8 de dezembro com o produto da Pfizer/BioNTech que, como neste caso, o Reino Unido foi o primeiro país do mundo a aprovar.