O ex-ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira comemora. Ele conta que desde 1999 até 2017, um período de mais ou menos 18 anos, o FGTS sempre teve um rendimento menor que a poupança. A Lei 13.446 de 2017 previu que 50% do lucro do FGTS fosse distribuído na própria conta do trabalhador”.
Segundo Nogueira, o ano de 2017 foi o período de maior rentabilidade do Fundo, e naquela ocasião o FGTS distribuiu em torno de 7 bilhões de reais como resultado nas contas vinculadas dos próprios trabalhadores. Ronaldo Nogueira, hoje, presidente da Funasa, afirma que “a medida da rentabilidade do Fundo, 3% mais TR foi um elemento fundamental para que esse benefício fosse trazido de forma concreta e direta para o trabalhador”.
Saques das contas inativas
“Nós estávamos no ministério do Trabalho, entre outras medidas que foram tomadas de forma concreta em benefício ao trabalhador, foi a liberação dos saques das contas inativas do FGTS beneficiando mais de 22 milhões de trabalhadores”, afirma Ronaldo Nogueira. “Foi uma injeção na economia de mais 44 bilhões reais”. Agora, diz o ex-ministro do Trabalho, “o Conselho do Fundo Curador do FGTS se reuniu, em cumprimento à Lei 13.446 de 2017, aonde estabeleceu a liberação também de recursos para a conta vinculada do trabalhador, que é sempre feito o cálculo até o dia 31 de agosto de cada ano, aonde os rendimentos até 31 de dezembro do ano anterior, 50% desse lucro seja distribuído na conta dos trabalhadores”.
Rentabilidadede 6,18% com distribuição entre as contas
Nogueira faz os cálculos: “como o resultado do lucro obtido em 2018 foi de 12,2 bilhões de reais do FGTS, que tem ativos hoje na faixa de 520 bilhões de reais, então daria uma rentabilidade total aí na faixa de 6,18% e com distribuição entre as contas vinculadas dos trabalhadores de 6 bilhões e 23 milhões reais”, calculou.
Lucratividade maior
O ex-ministro do Trabalho comenta: “foram medidas importantíssimas que tomadas naquele período, e agora nós comemoramos os resultados. ” Em face ao novo momento econômico do Brasil, o ministério da Economia estuda a possibilidade de mudar os indicadores de remuneração do FGTS. E isso certamente possibilitará uma possível lucratividade maior do que a rentabilidade da própria poupança. ”, explicou.
Patrimônio do Trabalhador
Nogueira destaca que “o FGTS é um patrimônio do trabalhador, é uma poupança compulsória do próprio trabalhador, e uma rentabilidade justa é uma medida importante de relevância social. Então nós queremos aplaudir a medida do ministro Paulo Guedes no sentido de que a sua equipe econômica estude essa possibilidade também de melhorar ainda mais essa lucratividade das contas do FGTS”, concluiu.