Mandados judiciais foram cumpridos contra agentes políticos e outros investigados na cidade de Araguari, na manhã desta terça-feira (13), durante a segunda fase da Operação Hoopoe, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Eles são acusados de integrarem esquema de desvio de recursos destinados para publicidade institucional da Prefeitura de Araguari.
Ao todo foram expedidos 14 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva contra o secretário municipal de Gabinete, Marco Antônio Farias, que encontra-se foragido, além de uma ordem judicial para afastamento imediato do cargo público contra o secretário de Educação, Werlei Ferreira de Macedo. Na casa de Marco foi apreendido um aparelho celular.
As investigações do núcleo regional do Gaeco em Uberlândia apontaram que os dois comandavam o esquema para desviar grande parte da verba municipal para publicidade. Segundo as informações do Ministério Público Estadual (MPE), a destinação do dinheiro era definida pelos investigados e repassada para empresas que pertenciam a eles, contudo estavam em nome de laranjas.
O MP não informou o valor do prejuízo causado aos cofres públicos, mas ressaltou que o investimento previsto no contrato ainda vigente para utilização dos recursos é de R$ 3,5 milhões ao ano. Nem todo o dinheiro era direcionado às empresas do grupo, contudo, há muitos repasses empenhados e sem destinação que serão apurados a partir da deflagração da operação.
A operação conta com o apoio das Promotorias de Justiça de Araguari, Polícia Civil e Polícia Militar (PM). Os mandados expedidos pelo juiz da 2ª Vara Criminal da comarca de Araguari, Cássio Macedo Silva, foram cumpridos na casa dos investigados, na sede das empresas envolvidas, nas secretarias de Educação, Gabinete e outras repartições pertencentes ao Município. O Diário de Uberlândia procurou o Município de Araguari e aguarda posicionamento sobre o caso.