A Vale disse que as obras da nova estrutura de captação de água no Rio Paraopeba começaram na semana passada. A medida foi determinada pela Justiça na tentativa de evitar um possível desabastecimento na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Desde o dia 25 de janeiro, o Sistema Paraopeba, criado em 2015, está suspenso por causa da contaminação causada pela lama da Vale. A Barragem do Córrego do Feijão se rompeu em Brumadinho, matando mais de 250 pessoas. Outras 18 seguem desaparecidas.
O novo sistema de captação vai custar cerca de R$ 450 milhões. Parte deste dinheiro será gasto em medidas preventivas no Rio das Velhas para diminuir impactos, caso haja rompimento de barragens da região. As obras acontecem perto da comunidade de Ponte das Almorreimas, na zona rural de Brumadinho. O novo ponto fica a 12 quilôemtros de distância do Sistema Paraopeba da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). A estrutura deve ficar pronta em setembro de 2020.
Poços
Um acordo firmado no dia 24 de outubro na Justiça, determinou também que a Vale perfure ainda este ano 50 poços artesianos na Região Norte de Belo Horizonte para garantir o abastecimento de locais que não podem ficar sem água como presídios, universidades e hospitais. Além disso, poços inativos da Copasa voltarão a operar. A instalação de bombas vai ser bancada pela Vale.