Vereador foi cassado por quebra de decoro O vereador de Belo Horizonte Cláudio Duarte (PSL) teve sua cassação confirmada pelo plenário da Câmara Municipal, nesta quinta-feira (1º). Ele é o primeiro membro do Legislativo municipal a perder o cargo por quebra de decoro parlamentar.
A saída do político foi aprovada por 37 dos 39 veredores que estavam presentes, sendo que os outros dois não votaram. O plenário acatou o relatório assinado pelo vereador Mateus Simões (Novo), que pedia o afastamento de Duarte baseado em três argumentos principais: prática de "rachadinha", quando o agente público fica com parte dos salários de funcionários de seu gabinete; contradição em depoimentos prestados à Polícia Civil e à comissão processante; e por ter sido preso. O vereador Cláudio Duarte foi preso temporariamente em abril durante uma operação da Polícia Civil que investigava a prática de "rachadinha" comandada por ele em seu gabinete.
Duarte é vereador pelo primeiro mandato. Ele foi indiciado por três crimes: peculato, organização criminosa e obstrução de Justiça. Em maio, uma comissão processante composta por três vereadores foi constituída para avaliar a situação de Duarte. Por unanimidade, o colegiado pediu a cassação do parlamentar. Em razão da investigação, o vereador foi afastado de seu mandato durante 60 dias e retomou o trabalho na Câmara no começo de junho.
Em entrevista ao R7 nesta quarta-feira (31), ele afirmou que uma eventual cassação de seu mandato seria "injusta". — A comissão se baseou em coisas que ainda estão sendo apuradas e vão ser quebradas no Judiciário. Estão fundamentando o processo de cassação simplesmente nas acusações e não estão vendo as provas do lado da vítima. Ameaças A reunião que analisou a cassação de Duarte foi marcada por tensão. A presidente da Câmara Municipal, Nely Aquino (PRTB), e o segundo vice, Jair di Gregório (PP), revelaram que receberam mensagens de ameaça, nesta quarta-feira (31). A Polícia Civil esteve no local para registrar um boletim de ocorrência.