Pelo menos 20 donos e diretores de escolas particulares de Minas Gerais reuniram-se na manhã desta quinta-feita (21), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte. De acordo com o grupo, o objetivo do encontro foi cobrar uma retratação do governador Romeu Zema sobre uma declaração feita nessa quarta-feita (19) acerca do retorno das aulas presenciais no estado.
Segundo os presentes, o governador não foi claro ao dizer que as escolas estaduais poderiam retornar ao funcionamento apenas em 2021. Ainda de acordo com eles, pais de alinos da rede privada teriam entendido que Zema se referia a todas as escolas do Estado, e não apenas às estaduais.
"Depois disso, em 30 minutos, uma escola recebeu 15 pedidos de cancelamento de matrícula".
Após conversa, representantes do movimento foram conduzidos para dentro do prédio da Cidade Administrativa acompanhados pelo associado do Sindicato dos Transportadores de Escolares da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Sinestec), Anderson de Oliveira. Segundo a assessoria de comunicação do Estado, eles apresentaram a um membro do governo não especificado.
O encontro desta manhã não teve presença de membros do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG) e teria sido combinado em um grupo de WhatsApp de diretores de instituições particulares. Participantes diziam vir de várias cidades do estado, como a capital, Betim, Caeté e Contagem.
Os participantes também apoiam o grupo Escolas em Movimento, que se organiza nas redes sociais com demandas da educação privada durante a pandemia. Segundo uma das representantes do movimento em Minas, Eduarda de Paula, também dona de escola, os colégios esperam que a Secretária de Estado de Saúde (SES-MG) elabore protocolos de segurança para o eventual retorno às aulas presenciais.
"O único posicionamento do governo sobre a educação é suspensão por tempo indeterminado, e nada foi pensado até para a escolas se programarem para o retorno. As escolas querem retornar no período certo com segurança. Claro que não hoje, amanhã ou depois. As escolas particulares não podem voltar só em 2021. Elas vão quebrar".