Mudanças trazem consequências positivas ou negativas. O clássico entre Cruzeiro e América-MG, nesse domingo, provou mais uma vez a máxima. No lado cruzeirense, elas não deram certo e fizeram a Raposa se ver presa à pressão do seu rival e, em quatro minutos, levar dois gols que poderiam ser evitados. A consequência? O time se complica na semifinal do Campeonato Mineiro.
A partir do momento em que as mudanças foram feitas no meio de campo e também no ataque, o Cruzeiro acabou perdendo o controle do jogo e sofrendo pressão do América nos minutos finais. Não conseguiu implementar uma válvula de escape para responder com um contra-ataque, por exemplo.
Análise detalhada dos minutos anteriores ao gol do América mostra que o Cruzeiro não conseguia sair com qualidade do campo de defesa, quando tinha a bola. Na última tentativa de levar o jogo para o campo ofensivo, enviou uma bola direta, logo afastada da defesa americana.
Fora isso, o Cruzeiro se livrou da bola mandando-a para a linha lateral ou linha de fundo, proporcionando que a bola voltasse ao América-MG. Além disso, não conseguiu prender a bola para o seu domínio. Com isso, ficou preso às ações do rival, que cresceu no jogo com as substituições.
Prova disso, por exemplo, é que o Cruzeiro tinha posse de bola superior aos 60% em boa parte da partida. Mas terminou o jogo com 56% de posse, com o América crescendo no segundo tempo, após as substituições, no domínio das ações, finalizações, e controle da partida.
E aí vieram os gols. No primeiro, Alê apareceu sem marcação na grande área, entre três jogadores do Cruzeiro (Cáceres, Felipe Augusto e William Pottker). Subiu livre e cabeceou para o gol. No segundo, Leandro Carvalho teve condições de lançar. Achou Ademir entre Ramon e Matheus Pereira.