O ex-piloto Niki Lauda morreu nesta segunda-feira (20), aos 70 anos, em Viena. A informação foi publicada inicialmente pelo jornal "Die Presse" e confirmada pelo conta oficial da escuderia McLaren no Twitter. O austríaco foi tricampeão da Fórmula 1, conquistando dois títulos pela Ferrari, em 1975 e 1977, e um pela McLaren, em 1984. Lauda também era presidente do Conselho de Supervisão da equipe da Mercedes na Fórmula 1 desde setembro de 2012. Segundo a publicação, a família do piloto anunciou o falecimento em um e-mail na madrugada desta terça-feira (21) na Europa. Lauda teria falecido ao lado de seus familiares na noite desta segunda-feira (20).
"É com profundo pesar que anunciamos que nosso querido Niki morreu de forma pacífica ao lado de seus familiares. Suas conquistas únicas como atleta e empreendedor são e continuarão inesquecíveis, seu incansável entusiasmo pela ação, sua franqueza e sua coragem permanecerão como um modelo e uma referencia para todos nós. Ele era um marido, pai e avô amoroso e carinhoso longe do público, e sentiremos a sua falta", informou o e-mail assinado pela família Lauda.
Lauda tinha se submetido a um transplante de pulmão há oito meses e ficou um longo período no hospital. Em janeiro deste ano, o ex-piloto voltou a ser internado por uma gripe contraída ainda no Natal que passou em Ibiza, na Espanha, onde tinha uma segunda casa. O ex-piloto já havia passado por dois transplantes de rim, um em 1997 e outro em 2015, e vinha fazendo hemodiálise nos últimos meses.
Lauda é, até hoje, o único a ter conquistado o título da Fórmula 1 competindo pela Ferrari e pela McLaren. O austríaco ainda é apontado por muitos especialistas e fãs do esporte como um dos maiores pilotos da história da modalidade. Ao todo, ele participou de 177 corridas, tendo conquistado 25 vitórias, 24 pole positions e 54 aparições no pódio. O ex-piloto também ficou marcado pelo grave acidente que sofreu no GP da Alemanha, em Nurburgring, em 1976. Na ocasião, a Ferrari que era conduzida por Lauda pegou fogo e o ex-piloto sofreu graves queimaduras, além de inalar gases tóxicos com elevada temperatura, que causaram problemas em seu pulmão. Posteriormente, Lauda se recuperou e voltou a competir ainda na mesma temporada.