O presidente Jair Bolsonaro deve assinar na próxima quinta-feira (16) um decreto que proíbe queimadas na região da Amazônia e no Pantanal em um prazo de 120 dias. A informação é do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em entrevista após reunião do Conselho da Amazônia Legal, nesta quarta-feira (15).
“Já está na Casa Civil, proibindo as queimadas de forma absoluta na Amazônia e no Pantanal, com as exceções ali previstas em lei nos demais biomas”, disse. O período de seca já se iniciou no país e o risco de aumento de queimadas tem sido debatido. No ano passado, país bateu recorde de área queimada, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Em meio a muitas críticas internacionais, o presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer que o ator Leonardo DiCaprio, que é também ativista ambiental, e a Organização Não Governamental (ONG) WWF, a financiar queimadas criminosas no Brasil.
Após muitas polêmicas no ano passado, em meio a ausência de políticas de controle de queimadas e desmatamento, o governo agora busca passar uma imagem de compromisso com a pauta ambiental. Na semana passada, empresários e investidores começaram a cobrar de forma contundente uma atitude por parte do governo brasileiro.
Em uma carta assinada por 50 empresários eles manifestaram preocupação com o avanço da degradação ambiental no país e os impactos negativos nos negócios, como riscos de sanções internacionais. O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), que é presidente do Conselho da Amazônia, se reuniu na última sexta-feira (10) com sete empresários e três entidades representativas e fez o compromisso de elaborar metas a serem cumpridas semestralmente contra o desmatamento na Amazônia.