O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na manhã desta sexta-feira (5), que tem a “certeza” de que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, vai tratar manifestantes de grupos antifascistas “com a dureza da lei que eles merecem”. Ele ainda indicou que pode fazer uso da Força Nacional.
“Outro lado, que luta pela democracia, que quer o governo funcionando, quer um Brasil melhor e preza pela sua liberdade: [peço] que não compareça às ruas nesses dias para que nós possamos [permitir que] as forças de segurança — não só as estaduais, bem como a nossa federal — façam o seu devido trabalho se por ventura esses marginais extrapolem os limites da lei”, afirmou.
Bolsonaro deu a declaração durante cerimônia de inauguração do hospital de campanha de Águas Lindas de Goiás. Ele estava ao lado do governador do estado, Ronaldo Caiado.
“Estamos assistindo agora a grupos de marginais, terroristas, querendo se movimentar para tentar quebrar o Brasil. Esses marginais tiveram uma ação em São Paulo e voltaram logo depois para uma ação em Curitiba. Agora, tenho a certeza, Caiado, que se vier aqui você vai tratar com a dureza da lei que eles merecem. Geralmente são marginais, terroristas, maconheiros, desocupados, que não sabem o que é economia, não sabem o que é trabalhar para ganhar o seu pau [sic] de cada dia”, disse o presidente.
Os grupos chamados de “marginais”, “maconheiros” e “terroristas” pelo presidente são formados por pessoas que se opõem ao governo federal. Eles se autodenominam “antifascistas” e criticam as pautas dos protestos bolsonaristas, que estão sendo realizados consecutivamente aos domingos, com a presença do próprio presidente.
Os atos nos quais Bolsonaro comparece — e aos quais ele chama de “democráticos” e favoráveis “ao Brasil”– têm pautas como intervenção militar e fechamento do Congresso e do STF (Supremo Tribunal Federal).