Depois de participar de reunião com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, o deputado federal Capitão Augusto (PL-SP) afirmou no início da tarde desta quinta-feira (4), que a Frente Parlamentar da Segurança Pública pretende recriar o Ministério da Segurança Pública até outubro.
“Nós entendemos que esse ministério deveria ser criado antes da crise na área da Segurança, porque criar o ministério depois de estarmos vivenciando uma crise na área de segurança para nós seria muito difícil. (…) Nós não colocamos 1 prazo. Eu particularmente acredito que esse problema na área da economia, segundo os próprios economistas, virá no mês de em outubro, novembro… mas nós não estipulamos 1 prazo”, afirmou.
De acordo com o Capitão Augusto, haverá 3 ondas por causa da pandemia da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. A primeira é a própria Saúde. Depois, a Economia. Em 3º lugar, viria a Segurança:
“A História sempre diz para nós que o problema da Economia anda de mãos dadas com o aumento da criminalidade: o crime contra o patrimônio e o crime contra a vida. (…) Por isso, estamos propondo uma criação do Ministério da Segurança já prevendo esse aumento da criminalidade”, disse.
O congressista afirmou que o encontro teve “pauta única” — a recriação da pasta, que seria desmembrada do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A conversa com o ministro Jorge de Oliveira (Secretaria-Geral), que antecedeu o encontro com Bolsonaro, teve quase 2h30min de duração. O encontro com o presidente foi mais “resumido”, de acordo com o deputado.
“A questão da viabilidade, do interesse da criação do Ministério da Segurança. O próprio presidente Bolsonaro, o próprio ministro Jorge, confirmaram que eles têm interesse, sim, na criação do Ministério da Segurança”, afirmou.
Capitão Augusto afirmou que “é possível” montar a estrutura do ministério. Disse que “a forma ficou de ser estudada junto com o próprio governo”. A proposta da frente parlamentar, num primeiro entendimento, seria elevar a Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) ao status de ministério. O deputado informou que a Polícia Federal, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e as penitenciárias federais ficariam junto ao Ministério da Justiça.
“Nosso trabalho seria mais de integração das 27 Polícias Militares, dos 25 Corpos de Bombeiros Militares, das 27 Polícias Civis em todos os Estados, das Guardas Municipais, dos agentes penitenciários estaduais”, disse.
O nome preferido da Frente Parlamentar da Segurança Pública, de acordo com Capitão Augusto, seria do ex-deputado Alberto Fraga –nome também próximo ao presidente Jair Bolsonaro. Fraga estava na semana passada no Palácio do Planalto. Ele foi convidado a participar da cerimônia de assinatura da MP (medida provisória) que permitiu a recomposição dos salários de PMs do Distrito Federal.
Naquela ocasião, Fraga também defendeu a recriação de um Ministério da Segurança Pública, quando conversou com jornalistas. O ex-deputado declarou que acreditava numa manifestação do presidente Jair Bolsonaro “em breve” sobre o assunto.