O desemprego no Brasil segue em tendência de alta em meio à pandemia de covid-19. A taxa de desocupação atingiu 13,1% no fim de junho, afetando 12,4 milhões de pessoas. É uma alta de 5,7% na 4ª semana de junho (de 21 a 27 do mês), na comparação à semana anterior (14 a 20 de junho). Os dados divulgados nesta 6ª feira (10.jul.2020) fazem parte da Pnad Covid, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) faz divulgações semanais e uma mensal da pesquisa. O estudo não é comparável aos dados da Pnad Contínua, que é usada como indicador oficial do desemprego no país, devido às características metodológicas distintas. O desemprego considera as pessoas que procuram 1 emprego e não encontram. Eis a escalada do indicador durante a pandemia:
A pesquisa mostra ainda que está diminuindo o contigente de pessoas ocupadas que estavam temporariamente afastadas do trabalho presencial devido às medidas de isolamento social. Eram 10,3 milhões no fim de junho. No início de maio, eram 16,6 milhões.
O dado indica que muitas pessoas estão retornando ao trabalho presencial. Muitas delas, no entanto, também podem estar sendo desligadas de suas funções. Já a taxa de trabalhadores na informalidade ficou em 34,5% na 4ª semana de junho, atingindo 28,5 milhões de pessoas.
No início de maio, eram 29,9 milhões. Entre os informais estão os empregados do setor privado sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira e os trabalhadores por conta própria que não contribuem para o INSS.