As acusações feitas pelo agora ex-ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) contra o presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir politicamente na Polícia Federal deram novos argumentos aos defensores da abertura de um processo de impeachment. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acumula sobre sua mesa quase 30 ações contra Bolsonaro, número que deve aumentar nos próximos dias.
O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (AP), anunciou que entrará, ainda nesta sexta-feira (24), com novo requerimento contra o presidente por causa da denúncia feita por Moro. Para Randolfe, Bolsonaro cometeu pelo menos dois crimes: de advocacia administrativa e falsidade ideológica ao tentar interferir na autonomia da PF e de incluir a assinatura de Moro no ato de exoneração do ex-diretor-geral da instituição Maurício Valeixo. Ambos os casos foram relatados pelo ex-ministro ao justificar sua saída do governo.
“Diante dessas gravíssimas acusações não nos resta outra alternativa, a não ser, ainda no dia de hoje, protocolar o pedido de afastamento, de impeachment, do senhor presidente da República”, disse. O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) e a deputada Joênia Wapichana (Rede-RR) também assinarão o documento.