A gravação da reunião de Bolsonaro com ministros, objeto da investigação mais delicada contra o governo no atual momento, foi comparada ao registro de algo impróprio ou questionável, por ministros do Supremo Tribunal Federal. “Para gente que cuida de segurança, uma reunião como essa não caberia nem ser gravada, para o registro de palavrões? Condutas? É como gravar uma ida ao bordel”, afirmou um ministro à coluna.
Apesar da reunião configurar um ato institucional de governo, para magistrados, o tom do encontro quebrou protocolos, pelo o que se sabe até agora, e o governo deveria imaginar que uma eventual divulgação poderia ocorrer. “Isso só mostra a personalidade suicida do presidente. É uma situação complicadíssima”, afirmou um ministro.
O STF já foi alertado sobre o poder explosivo do vídeo que poderia motivar desgaste à imagem do governo e também abertura de outros inquéritos. De acordo com relatos não oficiais de quem participou da reunião, há xingamentos contra a China, principal parceiro comercial do Brasil, e também a defesa de que ministros do STF sejam presos.
A decisão de liberar a divulgação de parte ou todo vídeo é do ministro Celso de Mello.