Foi anunciada nesta quarta-feira (3), a implementação de uma nova usina de energia solar fotovoltaica em Jaíba, no Norte de Minas, no valor de R$6 bilhões. O projeto começará a ser construído no segundo semestre de 2020 e terá capacidade total instalada de cerca de 1.357 megawatts (MW).
O investimento, feito pela empresa Aurora Energia, contribuirá para que o estado se destaque na geração centralizada de energia fotovoltaica, operada por usinas de grande porte. Atualmente, Minas é o quarto maior gerador do país, atrás apenas de Piauí, Ceará e Bahia, com potência de 755 MW instalados e em construção, conforme a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Com o aporte em Jaíba, a previsão é de que o estado tome a dianteira no Brasil.
Na geração distribuída, instalada em residências, condomínios, indústrias, comércio, propriedades rurais e prédios públicos, Minas Gerais já é líder, com potência de 512 MW. Isso corresponde a 19% de toda a energia solar fotovoltaica produzida em território brasileiro.
O acordo
Os avanços foram conquistados a partir das políticas públicas de fomento à energia solar adotadas pelo Governo de Minas Gerais. Para isso, o Estado vem desburocratizando e agilizando todo o processo de licenciamento ambiental e aprovação dos empreendimentos. O licenciamento e a aprovação do projeto no Norte de Minas foram concluídos em prazo recorde pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
A atração ocorreu por meio da Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais (Indi), que registrou saldo total de mais de R$5,6 bilhões de investimentos nos primeiros cinco meses de 2020. Em meio à pandemia e à crise econômica mundial provocada pelo Coronavírus, o Estado está conseguindo gerar empregos e garantir a sustentabilidade na adoção de uma matriz renovável e limpa.
Sustentabilidade
Exemplo do protagonismo mineiro em sustentabilidade é que, neste ano, o estado foi escolhido para participar de um projeto-piloto do Centro Brasil no Clima (CBC), que busca traçar uma estratégia para que o país consiga alcançar as metas da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês) de emissão de gases de efeito estufa. Além de Minas, participam Rio de Janeiro e Amazonas.
A proatividade no desenvolvimento de projetos voltados às mudanças climáticas no estado, como o Plano de Energia e Mudanças Climáticas, o Balanço Energético Estadual, o Inventário Estadual de Emissões de Gases de Efeito Estufa e as ferramentas Clima na Prática e Clima Gerais, foram determinantes para a escolha.