Principal líder do movimento 300 do Brasil, a militante Sara Fernanda Giromini, conhecida como Sara Winter, foi presa nesta segunda-feira (15), pela Polícia Federal em Brasília. Segundo a Procuradoria-Geral da República, os pedidos de prisão foram apresentados porque foram encontrados indícios de que os alvos estavam captando recursos financeiros para cometer crimes previstos na Lei de Segurança Nacional. O objetivo e ouvir os investigador e reunir informações sobre o grupo.
Sara é uma das líderes do movimento bolsonarista "300 do Brasil", que havia montado um acampamento na Esplanada dos Ministérios, mas foi desmontado no sábado pela Polícia Militar. No mesmo dia, eles chegaram a tentar invadir o Congresso Nacional, mas sem sucesso. À noite, o grupo fez um ato disparando fogos de artifício em direção ao Supremo.
A ordem de prisão foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Mais cinco organizadores do 300 do Brasil também foram presos — as prisões são temporárias e têm duração de cinco dias. Sara também é investigada no inquérito das fake news, relatado por Moraes. No início do mês, ela publicou em suas redes sociais vídeos ameaçando o ministro.
Winter também é alvo de uma investigação por improbidade administrativa aberta pelo Ministério Público Federal (MPF) do Rio para apurar se houve irregularidade na utilização de R$25 mil recebidos do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas em 2018, o chamado fundo eleitoral. Ela disputou uma vaga de deputada federal no Rio pelo DEM, teve 17.246 votos e não foi eleita. Ela foi expulsa do partido no início deste mês.
Desde que não conseguiu ser eleita, Winter aposta na radicalização em seus canais pelas redes sociais, onde diz andar escoltada por seguranças armados e defende que membros do STF "sejam removidos pela lei ou pelas mãos do povo". Ela também costuma publicar fotos segurando armas e diz que "atira muito bem".