Servidores das áreas da saúde e da segurança pública de Minas Gerais terão os seus salários do mês de maio depositados no dia 15 de junho, conforme anunciado pelo secretário-geral da Governadoria, Mateus Simões, na última segunda-feira (1).
Enquanto isso, os demais funcionários públicos estaduais devem esperar que alguma receita extra entre nos cofres do Estado para que possam receber seus salários.
De acordo com Simões, o pagamento desses servidores públicos é a prioridade número três para a gestão de Romeu Zema, sendo elas: o enfrentamento à pandemia do novo Coronavírus, o pagamento dos funcionários da saúde e da segurança e, por fim, o salários dos demais servidores.
Ainda segundo o secretário-geral, a prioridade número quatro, depois do pagamento do funcionalismo, é o repasse constitucional aos Poderes Legislativo e Judiciário. Para pagar os servidores de outras categorias e fazer o repasse aos outros Poderes, será necessário, na previsão de Mateus Simões, mais R$1 bilhão.
É possível que cerca de R$750 milhões sejam repassados pelo governo federal, devido à aprovação do projeto que vai destinar R$60 bilhões a Estados e municípios — dos quais Minas deve receber R$3 bilhões divididos em quatro parcelas. No entanto, mesmo assim, ainda faltaria cerca de R$200 milhões para fechar a conta.
Simões atribui o problemas no caixa do Estado ao impacto da pandemia na arrecadação do Estado e diz que o que foi arrecadado a mais no primeiro trimestre do ano ainda deve ficar R$ 3 bilhões abaixo do previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias, aprovada no ano passado.
Por fim, ele explica que o Estado já contingenciou 49% do custeio total e que a situação fiscal e financeira de MG "exigirá sacrifícios, incluindo de outros Poderes".