Com escolas particulares montando, por conta própria, protocolos de retomadas de aulas presenciais em Minas, o sindicato que representa a categoria cobra diálogo com os governos. Sem sinalização do poder público, algumas instituições — sobretudo as do ensino infantil — têm elaborado autonomamente regras para o retorno dos estudantes.
A situação, entrentanto, gera preocupação no Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG). Em entrevista neste sábado à rádio Super 91.7 FM, a presidente da agremiação, Zuleica Reis, reclamou de falta de diálogo e regras claras por parte do governo do Estado e da Prefeitura de Belo Horizonte.
Ela afirmou que as escolas receberam em 15 de março uma determinação para fechar as portas, o que ocorreu no dia 18 daquele mês. Após isso, afirmou a presidente do Sinep/MG, nunca mais houve diálogo.
Para ter acesso às informações, a gente precisa participar. É isso que o sindicato vem pedindo. Nós não estamos querendo forçar nada. A gente sabe da questão da calamidade e da saúde, mas é preciso que a gente esteja próximo aos comitês porque quando nos foi pedido para fechar as escolas no dia 15 de março, fomos chamados para essa reunião. Nos reunimos num domingo e fechamos numa quarta. Foi um movimento brusco que trouxe muitas consequências para as escolas", salientou a presidente do Sinep/MG.
Zuleica afirmou que a situação das escolas infantis é pior porque não há possibilidade de teleaulas, como ocorre nos ensinos fundamental e médio. Ela afirmou que as escolas estão se virando como podem para reduzir custos e demitindo apenas em último caso.
"É difícil tratar do que é público e do que é privado ao mesmo tempo porque o privado sobrevive da mensalidade escolar. O negócio da escola particular é o contrato que se firma para a prestação de serviços", destacou a representante das escolas.