Mais de uma semana depois da implantação da onda roxa em todo o estado, a região do Triângulo do Norte já apresentou resultados satisfatórios no controle do coronavírus. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), houve queda de internações e na taxa de incidência de casos nos últimos 14 dias na região, uma das primeiras a migrar para a fase mais restritiva do programa Minas Consciente.
Nas duas últimas semanas, o governo de Minas aponta que o número de casos caiu 18%, sendo 3% nos últimos sete dias. Com relação à variação no número de internações, os índices caíram de 14,04% para 6,42% nas últimas três semanas, registrando o menor indicador entre as regiões.
A região contempla cidades como Uberlândia, Monte Carmelo e Coromandel, que viveram situação caótica na procura por leitos nos primeiros meses de 2021.
O secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, atribui a queda à restrição de circulação e o isolamento da população, pontos importantes para a melhora dos indicadores na macrorregião.
"Desde a implementação da onda roxa, a gente percebe, na macro Triângulo do Norte, o aumento do isolamento da população, redução do número de casos notificados e redução da incidência, ou seja, da confirmação de novos casos", observa o secretário. "Isso já vem impactando o serviço de saúde na região. Há menor pressão em cima dos leitos hospitalares", completa.
Além do aumento do isolamento social, a macrorregião também registrou queda na mortalidade média na última semana. De acordo com a SES-MG, a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid está em 89% no Triângulo Norte. Apesar dos números, o governo estadual não diz quando a região vai suspender a onda roxa e liberar parte das atividades. Uma entrevista coletiva de Fábio Baccharetti está marcada para esta quarta-feira (31/3) para comentar a situação no estado.
Patos de Minas
Segundo o governo, a microrregião de Patos de Minas, que pertence à macrorregião Noroeste e está na onda roxa, também respondeu positivamente à fase mais restritiva do plano Minas Consciente. Houve queda de 35% na taxa de incidência e a taxa de ocupação da UTI adulto exclusivo para paciente COVID está em 87%.