Academia de Polícia Civil de Minas Gerais (Acadepol), juntamente à Superintendência de Investigação e Polícia Judiciária (SIPJ), realizou na ultíma sexta-feira (29), a formatura dos policiais do Curso de Operações Policiais (COP) destinado a formar a Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) no âmbito da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). O curso foi ministrado pelo grupo Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (T.I.G.R.E.) da Polícia Civil do Estado do Paraná, e visa atender a uma resolução assinada pelo Chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, Delegado-Geral João Octacílio Silva Neto, durante a reunião com os Chefes de Departamento e Delegados Regionais na última quarta-feira (27).
Estiveram presentes na formatura o Superintendente de Investigação e Polícia Judiciária (SIPJ), Delegado-Geral Márcio Lobato; o Coordenador de Operações Especiais da SIPJ, Delegado Júlio Wilke; o Delegado-Geral Elson Mattos da Costa e os quatro instrutores da Polícia Civil do Paraná, Raphael de Paula, Rodrigo Solotoriw, Everton Rodrigo Princival e Marcelo de Oliveira Mendes, todos recepcionados pela Diretora da Acadepol, Delegada-Geral Ana Cláudia Perry.
Os dez policiais formados vão trabalhar como multiplicadores dos conhecimentos aprendidos dentro da PCMG, através de edital para um curso com 60 pessoas, que será aberto em breve. O COP é a porta de entrada do CORE dentro da PCMG, ou seja, para que um policial faça parte da Coordenadoria, precisa ser aprovado no curso. No entanto, somente a aprovação não garante o ingresso no grupo.
Para o Superintendente de Investigação e Polícia Judiciária, a criação do CORE é de grande importância na PCMG, pois traduz um sonho do Chefe da Polícia: “A formação desses policiais é o embrião para que possamos preparar e treinar bem os policiais civis de Minas Gerais para as missões de alta complexidade. Precisamos de mais policiais bem treinados e preparados para enfrentar a criminalidade”, avaliou. Ainda segundo ele, o grupo dará apoio a todo o Estado, sendo vinculado à SIPJ e destinado a apoiar qualquer necessidade da PCMG no território mineiro, inclusive com a utilização das aeronaves, uma vez que eles foram treinados para isso.
A Diretora da Acadepol conta que a capacitação dos policiais mineiros durou aproximadamente 15 dias, tendo iniciado com 21 servidores, mas terminando com dez, em decorrência da dificuldade do curso. “Esses dez vão se tornar professores. Teremos um edital de seleção para todos os policias civis de Minas. No futuro, esses policiais vão se tornar o grupo CORE”, explicou. Segundo Perry, assim que o Centro de Treinamento Avançado da PCMG estiver funcionando, será usado para isso. “O grupo tático CORE vai existir em Belo Horizonte e em todo o Estado. A carga horário mínima foi convencionada no encontro de grupos táticos das Polícias Civis do Brasil, que ocorreu na Bahia”, lembrou.
Um dos instrutores do curso, Rodrigo Solotoriw, contou que a capacitação teve grande exigência e foram selecionados os melhores policiais, que lograram êxito no curso e que vão disseminar a doutrina de operações especiais. “A doutrina do T.I.G.R.E é capacitar, cada vez mais, policiais para prestarem melhores serviços e de forma profissional para a sociedade. Esses policiais formandos, aqui hoje, estão prontos para trabalhar em operações de alto risco e cumprirem mandados em situação extrema”, afirmou.
Um dos formandos, o Investigador Marco Aurélio Matos, fala sobre a experiência de ter feito o curso: “Foi excelente estudar com uma das maiores referências de resgate de reféns em todo o Brasil. O T.IG.R.E. trouxe técnicas usadas no mundo todo, especialmente no resgate de reféns. A realidade do Paraná é muito parecida com a realidade de Minas Gerais no combate ao crime, com sequestros e explosão de caixas eletrônicos”, avaliou.