Fortalecimento da indústria e regularização de produtos artesanais são vistos como alternativa de desenvolvimento regional.
O queijo está presente na vida e nas mesas de praticamente todos os brasileiros. Essa iguaria, degustada em todo o mundo e de origem milenar, carrega consigo a identidade culinária mineira por todo o país. Quem pensa em Minas Gerais, logo pensa no queijo e nas delícias que podem ser feitas com ele. O estado é hoje o maior produtor do Brasil, com cerca de 25% da produção nacional. Queijo é sinônimo de tradição, de roça, de vida tranquila, de saúde e de geração de renda para inúmeras famílias. Uma atividade que movimenta, só na indústria, R$ 22 bilhões no país. A produção do queijo industrial, feito com o leite pasteurizado, movimenta a indústria e permite vendas em regiões mais distantes. Dos queijos tradicionais aos especiais, em Cruzília, uma das cidades do Sul de Minas referência na produção industrial, alguns laticínios chegam a usar mais de 30 mil litros de leite por dia.
Apesar da forte presença industrial, quem ganha cada vez mais terreno são os queijos artesanais, que recentemente tiveram a produção e comercialização autorizadas a nível nacional e seguem em processo de regulamentação. Antes mesmo de ser regulamentados, os queijos produzidos na região já acumulam prêmios em concursos internacionais.
Entre os produtores do Queijo Minas Artesanal, que tem como principal característica a produção com leite cru, são 266 queijarias regularizadas, segundo dados da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Os produtores do queijo artesanal são divididos em sete microrregiões no estado: Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Serra do Salite, Serro e Triângulo Mineiro.