O setor de serviços brasileiro caiu 6,9% em março em relação a fevereiro. O resultado é o pior já registrado desde o início da série histórica, iniciada em janeiro de 2011. Os dados foram divulgados nesta 3ª feira (12.mai.2020) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A forte queda é resultado do impacto das medidas de combate à disseminação da pandemia de covid-19. Desde março, Estados e municípios adotaram medidas para restringir o fluxo de pessoas, comércio e serviços para conter a doença que matou 11.519 pessoas até 2ª feira (11.mai.2020), segundo o Ministério da Saúde.
Na última semana, o IBGE divulgou que a produção industrial recuou 9,1% em março deste ano na comparação com fevereiro –o pior resultado para o mês desde 2002.
A retração de 6,9% do volume de serviços, de fevereiro para março de 2020, foi acompanhada por todas as 5 atividades analisadas pelo IBGE, com destaque para as quedas em serviços prestados às famílias, caiu 31,2%, que a maior queda da série (2011).
- Serviços prestados às famílias (-31,2%);
- Serviços de informação e comunicação (-1,1%);
- Serviços profissionais e administrativos (-3,6%);
- Transporte, armazenagem e correios (-9%);
- Outros serviços (-1,6%).
O setor de transportes, serviços auxiliares e correio teve a 2ª maior queda da história, ficando atrás só de maio de 2018, quando recuou 9,5% na época de greve dos caminhoneiros. Houve menor receita das empresas de transporte aéreo (27,5%) e terrestre (10,6%).
De acordo com o IBGE, o setor de serviços recuou 0,1% em comparação ao mesmo período do ano anterior.