Deve levar dois anos para a China recuperar a metade do rebanho suíno, perdida por conta da peste africana, afirmam analistas do mercado pecuário. O que essa afirmação tem a ver com a criação de frango, título dessa notícia? É que a expectativa de que o gigante asiático levaria quatro anos para recuperar a criação de frangos, acometida pela influenza aviária, foi derrubada por uma realidade ainda melhor. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de 2015 para 2017 a produção dessa proteína animal na China diminuiu 15%. No entanto, de 2018 para 2019 o salto foi de 17%, totalizando um volume de 13,75 milhões de toneladas.
Com o resultado, a China bateu recorde e ultrapassou o Brasil, ficando atrás apenas do líder Estados Unidos com suas quase 20 milhões de toneladas produzidas em 2019. Resta saber até quando os americanos vão conseguir se manter na primeira colocação, já que a China promete expandir a produção em mais 13%. De acordo com José Antonio Ribas, diretor de excelência agropecuária da Seara, mesmo com resultados tão positivos, a demanda chinesa pelo frango brasileiro vai continuar aquecida.
“A produção doméstica chinesa não supre a demanda do mercado interno, portanto, vamos continuar exportando a proteína para o país e o Brasil seguirá líder na exportação da carne de frango”, disse Ribas.